quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Um lado do muro

Foi só até onde cheguei

Achei seguro o abrigo

Parei, encostei, descansei.



Acampei, fiz vida e a desfiz

Amei, odiei, me entediei

Viajante chegou perto de mim

Ignorando meu muro, o pulou.


"Como assim? Você o pula?"

"Sempre pulei."

"Eu não ouso."

"Não precisa."



Não preciso, eu sei.

Mas não te alcanço bem do chão.

Vejo que perco o medo de altura

Minhas mãos dadas com as suas.



Homem, não te quero viajante.

Vou segurar tua mão

E conhecer o teu mundo.

Você também não estava à procura?

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