Um lado do muro
Foi só até onde cheguei
Achei seguro o abrigo
Parei, encostei, descansei.
Acampei, fiz vida e a desfiz
Amei, odiei, me entediei
Viajante chegou perto de mim
Ignorando meu muro, o pulou.
"Como assim? Você o pula?"
"Sempre pulei."
"Eu não ouso."
"Não precisa."
Não preciso, eu sei.
Mas não te alcanço bem do chão.
Vejo que perco o medo de altura
Minhas mãos dadas com as suas.
Homem, não te quero viajante.
Vou segurar tua mão
E conhecer o teu mundo.
Você também não estava à procura?
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Há 5 anos
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